Dólar opera em alta e vai a R$ 5,12, com juros dos EUA e balanços corporativos no radar; Ibovespa oscila

Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,25%, cotada em R$ 5,0900, renovando o maior patamar em seis meses. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou em queda de 0,51%, aos 127.396 pontos. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar tem mais um dia de alta nesta sexta-feira (12) e passou a operar acima dos R$ 5,10, em meio às expectativas por novos sinais sobre os juros norte-americanos. A cautela com a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vem após o país reportar novas altas na inflação ao produtor e ao consumidor. Com isso, a participação de dirigentes da instituição em eventos ao longo do dia também deve ficar sob os holofotes. O início da temporada de balanços corporativos nos EUA também fica no radar. Por aqui, as atenções ficam direcionadas para os dados de serviços de fevereiro e para a reunião trimestral do Banco Central do Brasil (BC) com economistas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera com volatilidade, oscilando entre altas e baixas. Roberto Campos Neto, sobre inflação: "Tivemos uma notícia boa local, e uma ruim no cenário externo" Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h39, o dólar subia 0,68%, cotado em R$ 5,1247. Na máxima, já alcançou os R$ 5,1343. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,25%, cotada em R$ 5,090. Com o resultado, acumula altas de: 0,50% na semana; 1,49% no mês; e 4,89% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa opera em alta de 0,06%, aos 127.469 pontos. Na quinta-feira, encerrou em queda de 0,51%, aos 127.396 pontos. Com o resultado, acumula: alta de 0,48% na semana; queda de 0,55% no mês; e recuo de 5,06% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O principal destaque desta semana segue com os indicadores de inflação dos Estados Unidos. Na agenda desta quinta-feira (11), as atenções ficaram com o índice de preços ao produtor norte-americano, divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O indicador registrou um aumento de 0,2% em março, após uma alta de 0,6% em fevereiro. Apesar de o resultado ter vindo um pouco abaixo do esperado por economistas consultados pela Reuters, que previam um avanço de 0,3%, o número ainda representa um avanço dos preços norte-americanos e volta a trazer expectativa sobre os próximos passos do Fed. Na véspera, por exemplo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, acelerou e chegou a 3,5% em março, contra 3,2% registrados em fevereiro e acima das expectativas de mercado. Os números aumentam os temores de que o Fed pode demorar mais a iniciar o ciclo de corte de juros no país. O banco central dos EUA tem uma meta de inflação de 2% e, após o crescimento de empregos mais forte do que o esperado em março, bem como a queda da taxa de desemprego de 3,9% em fevereiro para 3,8%, alguns economistas adiaram as expectativas de corte dos juros para julho. Depois dos indicadores, os mercados financeiros viam uma probabilidade de aproximadamente 84,8% de o Fed manter os juros em sua reunião de política monetária de 11 e 12 de junho, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Corroborando esse cenário, as autoridades do Fed continuam a se mostrar preocupadas com a possibilidade de que o processo de controle da inflação tenha se estagnado e que seja necessário um período mais longo de política monetária restritiva para controlar o ritmo dos aumentos de preços. "De modo geral, os participantes destacaram sua incerteza quanto à persistência da inflação elevada e expressaram a opinião de que dados recentes não haviam aumentado sua confiança de que a inflação esteja se movendo de forma sustentável para 2%", disse a ata da última reunião do Fed, também divulgada ontem As autoridades do Fed estão debatendo se o maior risco é que a política monetária permaneça muito apertada por muito tempo ou que o corte de juros aconteça muito cedo e não consiga fazer com que a inflação retorne à sua meta de 2%. Já no Brasil, o foco fica no noticiário do dia, em meio aos debates sobre a redução no preço da energia elétrica. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a apresentação de um novo programa energético ainda este ano, para reduzir de forma estrutural o preço das tarifas de energia, segundo apurado pelo g1. O presidente chegou a se reunir com representantes do setor elétrico, do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Casa Civil. Na pauta: a redução das tarifas. Como resultado da reunião, o MME ficou responsável por liderar um grupo de trabalho para elaborar uma proposta estrutural para o setor até o fim de 2024. Além disso, investidores continuam a repercutir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na véspera. A inflação oficial do país mostrou que os preços subiram 0,16% em março,

Dólar opera em alta e vai a R$ 5,12, com juros dos EUA e balanços corporativos no radar; Ibovespa oscila





Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,25%, cotada em R$ 5,0900, renovando o maior patamar em seis meses. Já o principal índice acionário da bolsa brasileira encerrou em queda de 0,51%, aos 127.396 pontos. Cédulas de dólar bearfotos/Freepik O dólar tem mais um dia de alta nesta sexta-feira (12) e passou a operar acima dos R$ 5,10, em meio às expectativas por novos sinais sobre os juros norte-americanos. A cautela com a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vem após o país reportar novas altas na inflação ao produtor e ao consumidor. Com isso, a participação de dirigentes da instituição em eventos ao longo do dia também deve ficar sob os holofotes. O início da temporada de balanços corporativos nos EUA também fica no radar. Por aqui, as atenções ficam direcionadas para os dados de serviços de fevereiro e para a reunião trimestral do Banco Central do Brasil (BC) com economistas. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera com volatilidade, oscilando entre altas e baixas. Roberto Campos Neto, sobre inflação: "Tivemos uma notícia boa local, e uma ruim no cenário externo" Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar Às 10h39, o dólar subia 0,68%, cotado em R$ 5,1247. Na máxima, já alcançou os R$ 5,1343. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,25%, cotada em R$ 5,090. Com o resultado, acumula altas de: 0,50% na semana; 1,49% no mês; e 4,89% no ano. Ibovespa No mesmo horário, o Ibovespa opera em alta de 0,06%, aos 127.469 pontos. Na quinta-feira, encerrou em queda de 0,51%, aos 127.396 pontos. Com o resultado, acumula: alta de 0,48% na semana; queda de 0,55% no mês; e recuo de 5,06% no ano. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? O principal destaque desta semana segue com os indicadores de inflação dos Estados Unidos. Na agenda desta quinta-feira (11), as atenções ficaram com o índice de preços ao produtor norte-americano, divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA. O indicador registrou um aumento de 0,2% em março, após uma alta de 0,6% em fevereiro. Apesar de o resultado ter vindo um pouco abaixo do esperado por economistas consultados pela Reuters, que previam um avanço de 0,3%, o número ainda representa um avanço dos preços norte-americanos e volta a trazer expectativa sobre os próximos passos do Fed. Na véspera, por exemplo, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, acelerou e chegou a 3,5% em março, contra 3,2% registrados em fevereiro e acima das expectativas de mercado. Os números aumentam os temores de que o Fed pode demorar mais a iniciar o ciclo de corte de juros no país. O banco central dos EUA tem uma meta de inflação de 2% e, após o crescimento de empregos mais forte do que o esperado em março, bem como a queda da taxa de desemprego de 3,9% em fevereiro para 3,8%, alguns economistas adiaram as expectativas de corte dos juros para julho. Depois dos indicadores, os mercados financeiros viam uma probabilidade de aproximadamente 84,8% de o Fed manter os juros em sua reunião de política monetária de 11 e 12 de junho, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME. Corroborando esse cenário, as autoridades do Fed continuam a se mostrar preocupadas com a possibilidade de que o processo de controle da inflação tenha se estagnado e que seja necessário um período mais longo de política monetária restritiva para controlar o ritmo dos aumentos de preços. "De modo geral, os participantes destacaram sua incerteza quanto à persistência da inflação elevada e expressaram a opinião de que dados recentes não haviam aumentado sua confiança de que a inflação esteja se movendo de forma sustentável para 2%", disse a ata da última reunião do Fed, também divulgada ontem As autoridades do Fed estão debatendo se o maior risco é que a política monetária permaneça muito apertada por muito tempo ou que o corte de juros aconteça muito cedo e não consiga fazer com que a inflação retorne à sua meta de 2%. Já no Brasil, o foco fica no noticiário do dia, em meio aos debates sobre a redução no preço da energia elétrica. Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a apresentação de um novo programa energético ainda este ano, para reduzir de forma estrutural o preço das tarifas de energia, segundo apurado pelo g1. O presidente chegou a se reunir com representantes do setor elétrico, do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Casa Civil. Na pauta: a redução das tarifas. Como resultado da reunião, o MME ficou responsável por liderar um grupo de trabalho para elaborar uma proposta estrutural para o setor até o fim de 2024. Além disso, investidores continuam a repercutir o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na véspera. A inflação oficial do país mostrou que os preços subiram 0,16% em março, abaixo das expectativas do mercado financeiro. O maior impacto do mês veio novamente do grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,53% e peso de 0,11 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Mas é uma variação mensal menor que fevereiro, quando os preços do grupo haviam subido 0,93%. Para o mercado financeiro, a inflação veio bem abaixo da projeção, mas ainda não afasta a preocupação com a inflação de serviços. Os serviços subjacentes, um núcleo focado em serviços e que exclui itens mais voláteis, teve alta levemente mais forte que o mês anterior, de 0,44% para 0,45%. "O ponto de preocupação continua sendo os serviços subjacentes, que, ao se manterem praticamente estáveis, continuam em um patamar incompatível com as metas de inflação – e deverão continuar justificando a cautela do Banco Central", diz Helena Veronese, economista-chefe da B. Side. Ainda na agenda corporativa, as atenções seguem com o noticiário envolvendo a Petrobras. Na semana passada, voltaram a surgir rumores no mercado de que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, pode ser demitido da companhia e substituído pelo atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A notícia de que o governo também decidiu pagar parte dividendos da Petrobras, tema que foi alvo de crise com Prates, também continuou sob os holofotes. Segundo o blog da Julia Duailibi metade dos dividendos serão pagos, valor em torno de R$ 20 bilhões. *Com informações da agência de notícias Reuters.