Empresas contratadas pela Prefeitura de Belford Roxo deixaram de fornecer 500 toneladas de alimentos para as escolas da cidade
Empresas contratadas pela Prefeitura de Belford Roxo deixaram de fornecer 500 toneladas de alimentos para as escolas da cidade
Os contratos somados chegam a R$ 9,5 milhões. O RJ2 teve acesso a decisão da Justiça Federal e detalhou a participação de cada empresa. Secretário preso é exonerado, em Belford Roxo
Três empresas contratadas pela Prefeitura de Belford Roxo para fornecer merenda aos alunos da rede pública entre 2018 e 2020 deixaram de enviar 500 toneladas de alimentos para as escolas da cidade, segundo investigações.
Segundo as investigações da Operação Fames, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) e que teve como alvo supostos desvios do dinheiro da merenda do município, as empresas deixaram de entregar:
Empresa Jota: deixou de entregar pelo menos 37% do acordado
SR Amorim: 60%
RLC BARBOSA: 85%.
Os contratos somados chegam a R$ 9,5 milhões. O RJ2 teve acesso a decisão da Justiça Federal e da participação de cada empresa no que foi acordado com a prefeitura.
Segundo as investigações, quando a SR Amorim ganhou a licitação, não tinha nenhum empregado. E depois contratou só 2, um deles, Rodolfo Brum Pereira, sobrinho da mulher de Denis Macedo, o secretário de Educação de Belford Roxo preso nesta terça. A prisão de Denis foi mantida em audiência de custódia nesta quarta. Ele chegou a reclamar, com a juíza, da comida do presídio de Benfica.
O outro contratado pela empresa é Leonardo Antonio Carvalho de Lima, irmão de uma mulher nomeada por Denis Macedo para um cargo em comissão na secretaria de educação.
Quando o contrato terminou, os dois foram nomeados para cargos comissionados na Secretaria de Educação, também por Denis Macedo.
O MPF diz que a SR Amorim Transportes e Merceria foi comprada por Alessandro Gomes Soares em maio de 2017 por R$ 800 mil reais e ele revendeu a empresa pelo mesmo valor em setembro de 2018 a Leonardo Silva de Oliveira.
Os dois, segundo as investigações, são laranjas.
Alessandro Gomes Soares tem salário de R$ 5.174 reais e o único bem em seu nome é um carro Nissan Sentra.
Já Leonardo Silva de Oliveira tem como único registro na carteria de trabalho um emprego como motorista de caminhão, com salários que variaram de R$ 1.468,40 a R$ 1.880,09. Ele foi beneficiário de auxílio emergencial.
Os sócios da RLC Barbosa Comercio e Serviços na época da licitação eram Jonilson Rigueiro Almechoeiro e Thais Silva de Carvalho. E, segundo o MPF, também podem ser laranjas.
Jonilson não tem qualquer vínculo de emprego e, na época da licitação, morava uma casa humilde, em Nilópolis. A filha dele foi beneficiária do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial em 2020.
O que dizem os citados
A defesa de Denis Macedo voltou a afirmar que o ex-secretário é inocente. A empresa Serviços e Jota 3 Loja de Conveniência informou que não tem conhecimento dos fatos que aparecem na investigação e se coloca a disposição para esclarecimentos.
O RJ2 não obteve retorno das empresas SR Amorim e RLC Barbosa Comércio.
Os contratos somados chegam a R$ 9,5 milhões. O RJ2 teve acesso a decisão da Justiça Federal e detalhou a participação de cada empresa. Secretário preso é exonerado, em Belford Roxo
Três empresas contratadas pela Prefeitura de Belford Roxo para fornecer merenda aos alunos da rede pública entre 2018 e 2020 deixaram de enviar 500 toneladas de alimentos para as escolas da cidade, segundo investigações.
Segundo as investigações da Operação Fames, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) e que teve como alvo supostos desvios do dinheiro da merenda do município, as empresas deixaram de entregar:
Empresa Jota: deixou de entregar pelo menos 37% do acordado
SR Amorim: 60%
RLC BARBOSA: 85%.
Os contratos somados chegam a R$ 9,5 milhões. O RJ2 teve acesso a decisão da Justiça Federal e da participação de cada empresa no que foi acordado com a prefeitura.
Segundo as investigações, quando a SR Amorim ganhou a licitação, não tinha nenhum empregado. E depois contratou só 2, um deles, Rodolfo Brum Pereira, sobrinho da mulher de Denis Macedo, o secretário de Educação de Belford Roxo preso nesta terça. A prisão de Denis foi mantida em audiência de custódia nesta quarta. Ele chegou a reclamar, com a juíza, da comida do presídio de Benfica.
O outro contratado pela empresa é Leonardo Antonio Carvalho de Lima, irmão de uma mulher nomeada por Denis Macedo para um cargo em comissão na secretaria de educação.
Quando o contrato terminou, os dois foram nomeados para cargos comissionados na Secretaria de Educação, também por Denis Macedo.
O MPF diz que a SR Amorim Transportes e Merceria foi comprada por Alessandro Gomes Soares em maio de 2017 por R$ 800 mil reais e ele revendeu a empresa pelo mesmo valor em setembro de 2018 a Leonardo Silva de Oliveira.
Os dois, segundo as investigações, são laranjas.
Alessandro Gomes Soares tem salário de R$ 5.174 reais e o único bem em seu nome é um carro Nissan Sentra.
Já Leonardo Silva de Oliveira tem como único registro na carteria de trabalho um emprego como motorista de caminhão, com salários que variaram de R$ 1.468,40 a R$ 1.880,09. Ele foi beneficiário de auxílio emergencial.
Os sócios da RLC Barbosa Comercio e Serviços na época da licitação eram Jonilson Rigueiro Almechoeiro e Thais Silva de Carvalho. E, segundo o MPF, também podem ser laranjas.
Jonilson não tem qualquer vínculo de emprego e, na época da licitação, morava uma casa humilde, em Nilópolis. A filha dele foi beneficiária do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial em 2020.
O que dizem os citados
A defesa de Denis Macedo voltou a afirmar que o ex-secretário é inocente. A empresa Serviços e Jota 3 Loja de Conveniência informou que não tem conhecimento dos fatos que aparecem na investigação e se coloca a disposição para esclarecimentos.
O RJ2 não obteve retorno das empresas SR Amorim e RLC Barbosa Comércio.