Ex-presidente do Equador posta suposto registro de Jorge Glas sendo levado de avião pela polícia
Ex-presidente do Equador posta suposto registro de Jorge Glas sendo levado de avião pela polícia
O ex-vice-presidente equatoriano foi preso nesta sexta-feira, na embaixada do México em Quito. No vídeo, Glas aparece com dificuldades para caminhar. México rompe relações diplomáticas com o Equador após polícia invadir embaixada em Quito
O ex-presidente do Equador, Rafael Correo, postou em uma rede social um vídeo que diz ser do momento em que o ex-vice-presidente do país, Jorge Glas, é levado pela polícia para um avião, com direção à Guayaquil.
No registro, Glas supostamente aparece com dificuldades para caminhas porque, segundo Correa, ele foi golpeado.
Glas foi preso nesta sexta-feira (5), após a polícia equatoriana invadir a embaixada do México em Quito. Após o ocorrido, o governo mexicano suspendeu as relações diplomáticas com o Equador.
"Tudo isto é uma loucura", escreveu Correa. "Por mais vaidoso que seja Noboa (atual presidente equatoriano), é estúpido acreditar que ficará impune".
Veja a publicação abaixo.
Initial plugin text
O que aconteceu
A Polícia do Equador invadiu a Embaixada do México em Quito e prendeu o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, na sexta. Glas foi condenado a seis anos de prisão por corrupção em um caso que envolve a Odebrecht e tinha recebido asilo político do governo mexicano.
A invasão da embaixada levou o México a suspender as relações diplomáticas com o Equador, em meio a uma crise diplomática que os dois países atravessam.
Na quinta-feira (4), a embaixadora do México no país foi declarada "persona non grata" após o governo afirmar que o presidente mexicano fez comentários "infelizes" sobre as eleições equatorianas de 2023.
Já nesta sexta, o governo do México anunciou que tinha concedido asilo político a Glas. O ex-vice-presidente estava na embaixada mexicana desde dezembro de 2023. Ele alega ser alvo de perseguições da Procuradoria-Geral do Equador.
Diante do anúncio, o Ministério das Relações Exteriores do Equador afirmou que o México estava violando acordos de asilo político. Além disso, autoridades equatorianas pediram permissão ao México para entrar na embaixada em Quito e prender Glas.
Durante a noite, um grupo de policiais equatorianos foi até a Embaixada do México em Quito com veículos escuros. Segundo a Associated Pres, os agentes arrombaram as portas externas da sede mexicana e entraram no local.
A principal avenida de acesso à Embaixada também foi fechada pela polícia.
O encarregado da Embaixada do México no Equador, Roberto Canseco, afirmou que houve um "atropelo ao direito internacional". Ele também chamou o ocorrido de "inaceitável" e "barbárie".
De acordo com a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961, os locais de missões de um país dentro de um outro — como embaixadas e consulados — são considerados invioláveis. Equador e México aderiram à regra na década de 1960.
Segundo o tratado, a entrada de agentes de estado dentro desses locais depende da autorização do chefe da missão estrangeira. Ou seja, no caso do Equador, a polícia deveria solicitar permissão ao embaixador mexicano para ingressar na Embaixada do México.
Por meio de um comunicado oficial, o governo do Equador afirmou que "não vai permitir que nenhum criminoso fique impune", referindo-se a Jorge Glas. A nota diz ainda que o Equador respeita o povo mexicano e que embaixadas servem para estreitar relações entre os dois países.
O ex-vice-presidente equatoriano foi preso nesta sexta-feira, na embaixada do México em Quito. No vídeo, Glas aparece com dificuldades para caminhar. México rompe relações diplomáticas com o Equador após polícia invadir embaixada em Quito
O ex-presidente do Equador, Rafael Correo, postou em uma rede social um vídeo que diz ser do momento em que o ex-vice-presidente do país, Jorge Glas, é levado pela polícia para um avião, com direção à Guayaquil.
No registro, Glas supostamente aparece com dificuldades para caminhas porque, segundo Correa, ele foi golpeado.
Glas foi preso nesta sexta-feira (5), após a polícia equatoriana invadir a embaixada do México em Quito. Após o ocorrido, o governo mexicano suspendeu as relações diplomáticas com o Equador.
"Tudo isto é uma loucura", escreveu Correa. "Por mais vaidoso que seja Noboa (atual presidente equatoriano), é estúpido acreditar que ficará impune".
Veja a publicação abaixo.
Initial plugin text
O que aconteceu
A Polícia do Equador invadiu a Embaixada do México em Quito e prendeu o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, na sexta. Glas foi condenado a seis anos de prisão por corrupção em um caso que envolve a Odebrecht e tinha recebido asilo político do governo mexicano.
A invasão da embaixada levou o México a suspender as relações diplomáticas com o Equador, em meio a uma crise diplomática que os dois países atravessam.
Na quinta-feira (4), a embaixadora do México no país foi declarada "persona non grata" após o governo afirmar que o presidente mexicano fez comentários "infelizes" sobre as eleições equatorianas de 2023.
Já nesta sexta, o governo do México anunciou que tinha concedido asilo político a Glas. O ex-vice-presidente estava na embaixada mexicana desde dezembro de 2023. Ele alega ser alvo de perseguições da Procuradoria-Geral do Equador.
Diante do anúncio, o Ministério das Relações Exteriores do Equador afirmou que o México estava violando acordos de asilo político. Além disso, autoridades equatorianas pediram permissão ao México para entrar na embaixada em Quito e prender Glas.
Durante a noite, um grupo de policiais equatorianos foi até a Embaixada do México em Quito com veículos escuros. Segundo a Associated Pres, os agentes arrombaram as portas externas da sede mexicana e entraram no local.
A principal avenida de acesso à Embaixada também foi fechada pela polícia.
O encarregado da Embaixada do México no Equador, Roberto Canseco, afirmou que houve um "atropelo ao direito internacional". Ele também chamou o ocorrido de "inaceitável" e "barbárie".
De acordo com a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961, os locais de missões de um país dentro de um outro — como embaixadas e consulados — são considerados invioláveis. Equador e México aderiram à regra na década de 1960.
Segundo o tratado, a entrada de agentes de estado dentro desses locais depende da autorização do chefe da missão estrangeira. Ou seja, no caso do Equador, a polícia deveria solicitar permissão ao embaixador mexicano para ingressar na Embaixada do México.
Por meio de um comunicado oficial, o governo do Equador afirmou que "não vai permitir que nenhum criminoso fique impune", referindo-se a Jorge Glas. A nota diz ainda que o Equador respeita o povo mexicano e que embaixadas servem para estreitar relações entre os dois países.