Fim do lixo marinho? Fungo comedor de plástico é descoberto no mar
Espécime foi descoberto em 2019, durante expedição de limpeza de plástico na mancha de lixo do Oceano Pacífico O post Fim do lixo marinho? Fungo comedor de plástico é descoberto no mar apareceu primeiro em Olhar Digital.

Os resíduos plásticos despejados no mar são problema emergente, mas nova descoberta pode dar pequeno alívio a pesquisadores: um fungo marinho descoberto no Oceano Pacífico está se alimentando de plástico.
Fungo marinho está comendo plástico
O fungo descoberto é o Parengyodontium album. Ele foi localizado em dezembro de 2019 durante excursão de limpeza da mancha de lixo do Pacífico Norte.
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Desde então, ele foi isolado por biólogos marinhos, cultivado em laboratório e estudado por universidades internacionais que cooperaram entre si.
Os pesquisadores descobriram que o fungo marinho decompõem polietileno, um dos plásticos mais comuns na composição de embalagens, sacolas de supermercado, garrafas e utensílios em geral.
Anteriormente, bactérias e enzimas “comedoras de plástico” já haviam sido descobertas, mas esse é o apenas o quarto fungo a fazê-lo.
Pesquisadores conseguiram quantificar degradação do resíduo
- O diferencial do fungo da vez é que os pesquisadores conseguiram quantificar a taxa de degradação do plástico;
- Os experimentos sugerem que o polietileno no mar, exposto à luz ultravioleta, estaria sendo decomposto e utilizado com fonte de energia em uma taxa de 0,044% ao dia;
- A exposição à luz ultravioleta foi feita de forma artificial no laboratório, mas, no mar, significa que o fungo só se alimenta de plástico que já esteve na superfície;
- Segundo Annika Vaksmaa, a principal autora do estudo, já se sabia que a luz solar decompõem o plástico lentamente. A nova descoberta mostra que a exposição também facilita a decomposição por outros meios, como o fungo.
Fungo come plástico, mas solta carbono
As análises revelaram que, ao se alimentar do plástico, o P. album excreta dióxido de carbono, gás responsável pelo efeito estufa.
A quantidade, no entanto, é pequena, comparável à quantidade excretada por humanos enquanto respiram. Ou seja, não é um problema ambiental.
Vale lembrar que, apesar de o fungo estar degradando o plástico, a taxa de despejo do resíduo na água é maior do que a capacidade do ser vivo de compensá-la. Desde a descoberta do exemplar, a Ocean Clean Up, responsável pela excursão de 2019, já retirou mais de dez milhões de quilos de lixo marinho da mesma região do Pacífico Norte e rios no mundo inteiro.
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