Fugitivos de Mossoró percorreram 1.600 km do presídio de segurança máxima até Marabá

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará. Fugitivos de Mossoró são recapturados Divulgação/PF Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará. Rogério Mendonça e Deibson Nascimento percorreram 1.600 km entre Mossoró e Marabá. Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram no dia 14 de fevereiro, quando abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária do presídio. Eles cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar. Foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006. ????Participe do canal do g1 RN no WhatsApp e receba no seu celular as notícias do estado Quem são os fugitivos? Os dois presos são do Acre e estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos — três deles decapitados. Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que estava preso na unidade federal de Mossoró e foi transferido para Catanduvas, no Paraná. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, é acusado de assaltos no Acre, Já preso foi acusado de mandar matar o adolescente Taylon Silva dos Santos, de 16 anos, em abril de 2021. Após o crime, Rogério foi transferido para o Presídio Antônio Amaro Alves, na capital, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde ficou desde então, até ter sido transferido ao Rio Grande do Norte. Rogério responde a mais de 50 processos. Ele é condenado a 74 anos de prisão, somadas as penas, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). Já Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. Ele tem 81 anos de prisão em condenações. Como foi a fuga Os detentos – que estavam em celas individuais, em Mossoró – conseguiram escapar ao retirar as luminárias das celas. Uma das hipóteses da investigação é que tenham usado pedaços de ferro como ferramenta para retirar a luminária. Pedaços de ferro que podem ter sido retirados do banheiro, parede, ou debaixo da mesa. Até a publicação desta reportagem, a polícia não identificou a origem do objeto usado por Mendonça e Nascimento. Os detentos também usaram uma mistura de sabonete e papel higiênico como uma espécie de reboco para camuflar os buracos feitos. Depois de passarem pelo buraco aberto na parede, os detentos tiveram acesso a uma área de serviço conhecida como "shaft" - por onde passam dutos, rede elétrica e até uma escada que dá acesso ao telhado do presídio. Imagens exclusivas das câmeras de segurança mostram a fuga na Penitenciária Federal de Mossoró A área externa estava cercada por um tapume de metal por causa de obras que estão acontecendo no presídio. Por questões de segurança, o cercado delimitava onde ficavam os operários e o material. Os detentos passaram pelo tapume e usaram um alicate deixado pelos operários e cortaram a primeira parte da grade. Andaram mais alguns metros, abriram a passagem na segunda tela e fugiram.

Fugitivos de Mossoró percorreram 1.600 km do presídio de segurança máxima até Marabá





Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará. Fugitivos de Mossoró são recapturados Divulgação/PF Os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram recapturados nesta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará. Rogério Mendonça e Deibson Nascimento percorreram 1.600 km entre Mossoró e Marabá. Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram no dia 14 de fevereiro, quando abriram passagem por um buraco atrás de uma luminária do presídio. Eles cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra que ocorria no local para escapar. Foi a primeira fuga na história do sistema penitenciário federal desde a criação em 2006. ????Participe do canal do g1 RN no WhatsApp e receba no seu celular as notícias do estado Quem são os fugitivos? Os dois presos são do Acre e estavam na Penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos — três deles decapitados. Os dois homens são ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que estava preso na unidade federal de Mossoró e foi transferido para Catanduvas, no Paraná. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, é acusado de assaltos no Acre, Já preso foi acusado de mandar matar o adolescente Taylon Silva dos Santos, de 16 anos, em abril de 2021. Após o crime, Rogério foi transferido para o Presídio Antônio Amaro Alves, na capital, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), onde ficou desde então, até ter sido transferido ao Rio Grande do Norte. Rogério responde a mais de 50 processos. Ele é condenado a 74 anos de prisão, somadas as penas, de acordo com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC). Já Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. Ele tem 81 anos de prisão em condenações. Como foi a fuga Os detentos – que estavam em celas individuais, em Mossoró – conseguiram escapar ao retirar as luminárias das celas. Uma das hipóteses da investigação é que tenham usado pedaços de ferro como ferramenta para retirar a luminária. Pedaços de ferro que podem ter sido retirados do banheiro, parede, ou debaixo da mesa. Até a publicação desta reportagem, a polícia não identificou a origem do objeto usado por Mendonça e Nascimento. Os detentos também usaram uma mistura de sabonete e papel higiênico como uma espécie de reboco para camuflar os buracos feitos. Depois de passarem pelo buraco aberto na parede, os detentos tiveram acesso a uma área de serviço conhecida como "shaft" - por onde passam dutos, rede elétrica e até uma escada que dá acesso ao telhado do presídio. Imagens exclusivas das câmeras de segurança mostram a fuga na Penitenciária Federal de Mossoró A área externa estava cercada por um tapume de metal por causa de obras que estão acontecendo no presídio. Por questões de segurança, o cercado delimitava onde ficavam os operários e o material. Os detentos passaram pelo tapume e usaram um alicate deixado pelos operários e cortaram a primeira parte da grade. Andaram mais alguns metros, abriram a passagem na segunda tela e fugiram.