Geração de empregos na RMC 'pisa no freio' em maio, e saldo de 1.041 vagas é 53,1% menor que 2023
Economista do Observatório PUC-Campinas destaca que números do Caged refletem um sinal de alerta, e de que os setores, em especial o industrial, "recalculam a rota" por questões macroeconômicas. Carteira de trabalho emprego Divulgação A geração de emprego com carteira assinada na Região Metropolitana de Campinas (RMC) "pisou no freio" em maio. As 1.041 vagas criadas representam um volume 53,1% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior (2.250). Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quinta-feira (27). ???? Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Na avaliação de Eliane Navarro Rosandiski, economista do Observatório PUC-Campinas, fatores macroeconômicos, como projeções inflacionárias e a taxa de juros básica elevadas, contribuem para esse cenário em que os setores "recalculam a rota", em especial o industrial. "Quando a indústria recua é sempre um sinal de alerta. E a gente vê o próprio setor questionando essa taxa de juros. Quando o cenário das expectativas era mais previsíveis, a economia começou a crescer. O mercado de trabalho ele tem uma sensibilidade muito para grande, e faz ajustes", explica. Entre esses ajustes estão, por exemplo, a troca de mão de obra mais qualificada, em geral de profissionais mais velhos e com ensino superior, por trabalhadores mais jovens, ainda em formação, o que representação uma redução de custos para o empregador. Considerando os dados de Campinas (SP), maior cidade da região, os postos perdidos entre trabalhadores acima de 25 anos foi 'suplantado" por jovens aprendizes, com até 17 anos, destaca Eliane. "Tivemos em torno de 250 vagas perdidas entre trabalhadores com mais idade, e a intensidade do volume de contratação de pessoas entre 18 a 24 anos, e também os jovens até 17 anos, mostram que as novas contratações ocorrem numa situação mais precária", detalha a economista. Vagas por setor Dos cinco grandes setores analisados pelo Caged, quatro tiveram mais contratações do que demissões em maio, mas em volumes abaixo do registrado no mesmo período de 2023. O maior volume de vagas ficou com o setor de Serviços, com 720, mas o destaque vai para a Construção Civil, que teve saldo positivo de 260 vagas, enquanto em maio do ano anterior, havia fechado 837 postos de trabalho. "Acredito que neste ano a construção vai continuar segurando essa geração de empregos. Há uma série de investimentos na região, alguns com incentivos de programas de governo, além de ser um ano de eleição, com muitas obras", avalia a economista da PUC-Campinas. LEIA TAMBÉM Entenda como mão de obra temporária explica criação de 2,4 mil vagas em Campinas em março Construção, educação e indústria 'puxam fila', e região de Campinas cria 9,3 mil postos de trabalho em fevereiro MEIs dobram em Campinas em 5 anos: saiba o que explica alta e veja atividades com mais registros Como alta do setor de serviços para atender empresas mudou estrutura do emprego na RMC Salários, escolaridade, idade: qual perfil de vagas do setor de serviços, que 'puxa fila' do emprego na RMC Conheça as ocupações que mais movimentam o segmento de serviços na região de Campinas VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região| em G1 / SP / Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas


Economista do Observatório PUC-Campinas destaca que números do Caged refletem um sinal de alerta, e de que os setores, em especial o industrial, "recalculam a rota" por questões macroeconômicas. Carteira de trabalho emprego Divulgação A geração de emprego com carteira assinada na Região Metropolitana de Campinas (RMC) "pisou no freio" em maio. As 1.041 vagas criadas representam um volume 53,1% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior (2.250). Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta quinta-feira (27). ???? Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Na avaliação de Eliane Navarro Rosandiski, economista do Observatório PUC-Campinas, fatores macroeconômicos, como projeções inflacionárias e a taxa de juros básica elevadas, contribuem para esse cenário em que os setores "recalculam a rota", em especial o industrial. "Quando a indústria recua é sempre um sinal de alerta. E a gente vê o próprio setor questionando essa taxa de juros. Quando o cenário das expectativas era mais previsíveis, a economia começou a crescer. O mercado de trabalho ele tem uma sensibilidade muito para grande, e faz ajustes", explica. Entre esses ajustes estão, por exemplo, a troca de mão de obra mais qualificada, em geral de profissionais mais velhos e com ensino superior, por trabalhadores mais jovens, ainda em formação, o que representação uma redução de custos para o empregador. Considerando os dados de Campinas (SP), maior cidade da região, os postos perdidos entre trabalhadores acima de 25 anos foi 'suplantado" por jovens aprendizes, com até 17 anos, destaca Eliane. "Tivemos em torno de 250 vagas perdidas entre trabalhadores com mais idade, e a intensidade do volume de contratação de pessoas entre 18 a 24 anos, e também os jovens até 17 anos, mostram que as novas contratações ocorrem numa situação mais precária", detalha a economista. Vagas por setor Dos cinco grandes setores analisados pelo Caged, quatro tiveram mais contratações do que demissões em maio, mas em volumes abaixo do registrado no mesmo período de 2023. O maior volume de vagas ficou com o setor de Serviços, com 720, mas o destaque vai para a Construção Civil, que teve saldo positivo de 260 vagas, enquanto em maio do ano anterior, havia fechado 837 postos de trabalho. "Acredito que neste ano a construção vai continuar segurando essa geração de empregos. Há uma série de investimentos na região, alguns com incentivos de programas de governo, além de ser um ano de eleição, com muitas obras", avalia a economista da PUC-Campinas. LEIA TAMBÉM Entenda como mão de obra temporária explica criação de 2,4 mil vagas em Campinas em março Construção, educação e indústria 'puxam fila', e região de Campinas cria 9,3 mil postos de trabalho em fevereiro MEIs dobram em Campinas em 5 anos: saiba o que explica alta e veja atividades com mais registros Como alta do setor de serviços para atender empresas mudou estrutura do emprego na RMC Salários, escolaridade, idade: qual perfil de vagas do setor de serviços, que 'puxa fila' do emprego na RMC Conheça as ocupações que mais movimentam o segmento de serviços na região de Campinas VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região VÍDEOS: Tudo sobre Campinas e região| em G1 / SP / Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas