Lendas e mistérios da Amazônia

A floresta deve ser preservada a qualquer preço, mas não precisa ficar intacta. É possível combinar preservação com exploração racional dos recursos da região

Lendas e mistérios da Amazônia




Nuno VasconcellosReprodução

A queda corrobora a tendência já apontada em outros levantamentos sobre o mesmo tema e mostra que, naquilo que diz respeito à exploração predatória, o perigo que pesa sobre a floresta nos dias de hoje parece menor do que o de dois ou três anos atrás. De acordo com os dados de outra organização, a Imazon, criada em 1990 por pesquisadores norte-americanos e brasileiros, a Amazônia Legal, que abrange mais da metade do território brasileiro, registrou no ano de 2023 um total de 4.030 Km² de áreas desmatadas. Em 2022, a área desmatada havia sido mais de duas vezes maior: 10.573 Km².









Defender a preservação da Amazônia não significa dizer que a floresta deva, como desejam alguns ambientalistas mais fundamentalistas, ser mantida como um santuário livre de todo e qualquer contato com a mão humana. Ou, quando muito, restrita à exploração meramente extrativista pelos indígenas e povos ribeirinhos que habitam a região. A floresta é rica demais para se limitar a isso! A questão não é proibir o uso, mas saber usar o que ela oferece. A floresta só passará a ser uma fonte de recursos capaz de beneficiar milhões de brasileiros, e contribuir para a transformação do Brasil em um país desenvolvido, se sobreviver como floresta. Como deserto, ela não terá qualquer serventia.

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