Lira reage à pecha de vilão e pergunta a aliados se agora 'precisa descer para organizar a base do governo'
Apontado como patrono de ‘pacote de maldades’, presidente da Câmara reclama de desarticulação do time de Lula. Arthur Lira em 23/05/2023 TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO "Agora eu preciso descer da mesa para articular a base do governo no plenário?", indagou o presidente da Câmara a aliados depois de constatar que o saldo da atividade no Legislativo nesta terça (16) o apontava como patrono de um pacote de propostas que afrontam o governo e o Supremo. Entraram em debate com os líderes da Casa desde a instalação de CPIs até a edição de um texto que blinde parlamentares de investigações, a chamada PEC da Blindagem. A cereja do bolo indigesto para a agenda de Lula foi a aprovação de um projeto, em regime de urgência, que amplia penas e veta acesso a programas sociais de quem for pego por invasão de terras - isso justo no mês da mobilização do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Abril Vermelho. Com o saldo de um dia de afronta aos STF e o governo todo debitado em sua conta, Lira relembrou os líderes do governo e da oposição que todos os itens da pauta indigesta foram debatidos durante reunião em sua residência oficial. Mais: segundo pessoas próximas, Lira afirma que a chamada PEC da blindagem voltou à baila por sugestão do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Sobre a proposta que mira o MST, Lira sinalizou ao seu grupo que o governo, de novo, comeu bola, que a discussão sobre o regime de urgência foi feita anteriormente e que ninguém da base de Lula se opôs. O placar foi uma goleada da oposição --e foi aí que o presidente da Câmara perguntou se teria, ainda, de descer para o plenário para organizar a articulação governista. Lira não esconde a irritação com o secretário de Relações Institucionais de Lula, o ministro Alexandre Padilha. Mas deve puxar o freio pelas próximas semanas. Ele quer "botar água na fervura", diz um auxiliar.


Apontado como patrono de ‘pacote de maldades’, presidente da Câmara reclama de desarticulação do time de Lula. Arthur Lira em 23/05/2023 TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO "Agora eu preciso descer da mesa para articular a base do governo no plenário?", indagou o presidente da Câmara a aliados depois de constatar que o saldo da atividade no Legislativo nesta terça (16) o apontava como patrono de um pacote de propostas que afrontam o governo e o Supremo. Entraram em debate com os líderes da Casa desde a instalação de CPIs até a edição de um texto que blinde parlamentares de investigações, a chamada PEC da Blindagem. A cereja do bolo indigesto para a agenda de Lula foi a aprovação de um projeto, em regime de urgência, que amplia penas e veta acesso a programas sociais de quem for pego por invasão de terras - isso justo no mês da mobilização do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Abril Vermelho. Com o saldo de um dia de afronta aos STF e o governo todo debitado em sua conta, Lira relembrou os líderes do governo e da oposição que todos os itens da pauta indigesta foram debatidos durante reunião em sua residência oficial. Mais: segundo pessoas próximas, Lira afirma que a chamada PEC da blindagem voltou à baila por sugestão do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Sobre a proposta que mira o MST, Lira sinalizou ao seu grupo que o governo, de novo, comeu bola, que a discussão sobre o regime de urgência foi feita anteriormente e que ninguém da base de Lula se opôs. O placar foi uma goleada da oposição --e foi aí que o presidente da Câmara perguntou se teria, ainda, de descer para o plenário para organizar a articulação governista. Lira não esconde a irritação com o secretário de Relações Institucionais de Lula, o ministro Alexandre Padilha. Mas deve puxar o freio pelas próximas semanas. Ele quer "botar água na fervura", diz um auxiliar.