Mães de alunos autistas buscam a Justiça para conseguir professores de apoio nas escolas estaduais
Secretaria Estadual de Educação de São Paulo nega que faltem profissionais especializados. Número de alunos autistas cresce 256% na rede estadual, mas não há professores preparados Nos últimos cinco anos, o número de estudantes autistas na rede estadual de ensino aumentou 256% e, neste ano, chegou a 19.417 alunos. Seria uma ótima notícia se essa inclusão ocorresse com todo respaldo necessário aos alunos e não representasse também o aumento da reclamação de pais. Faltam profissionais qualificados para atender esse público e pais estão precisando entrar na Justiça para conseguir que seus filhos tenham suporte na escola. A Secretaria Estadual de Educação nega que faltem professores de educação especial (leia mais abaixo). ???? Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Pais procuram a Justiça para conseguir professores de apoio para estudantes autistas. Prefeitura Municipal de São Carlos/Divulgação Até mesmo com determinação da Justiça, crianças estão ficando desassistidas. Uma mãe que não quer ser identificada, desistiu de solicitar um profissional na escola estadual onde a filha estudava e a matriculou em uma escola particular em outra cidade. Ela conta que durante o período em que a filha teve professor de apoio conquistado na Justiça – entre o terceiro e quinto ano do Ensino Fundamental – houve uma boa evolução no aprendizado da menina. “Foi uma época de bastante progresso na escola estadual.” Os problemas começaram no Fundamental II, com uma professora sem qualificação. “Não tinha a sala de recursos, a professora era despreparada, parecia uma professora de educação infantil. O Fundamental II é um gargalo que exclui”, disse. De acordo com a Apeoesp, os educadores não recebem suporte e treinamento adequados para lidar com os alunos autistas e faltam políticas de capacitação específicas sobre o tema. Crianças com autismo têm direito a professor especial nas escolas públicas. Divulgação/Unicef A mãe tentou outras escolas, tanto públicas quanto particulares na cidade onde mora, mas não conseguiu o atendimento que precisava e, por isso, procurou uma opção em outra cidade. “Tudo isso é um investimento porque a gente sabe que educação é um investimento e a gente quer o melhor para ela. Que a gente sabe que ela é capaz e que é possível fazer coisas muito boas”, afirmou a mãe. Sem solução fora da Justiça Suelen Pomponio busca na Justiça o direito te ter um professor especializado para seus filhos autistas Nilson Porcel/EPTV Central Assim como a mãe que teve que optar por uma escola particular, outras gastam boa parte do seu tempo buscando os direitos de seus filhos autistas. Uma dessas pessoas é a dona de casa Suelen Pomponio, mãe de três crianças dentro do espectro autista. Ela diz que o professor de apoio é extrema importância. “Esse professor auxiliar faz a adaptação da matéria, por exemplo, o Otávio é muito visual e não escreve, então tudo tem que ser adaptado para um formato mais visual e esse profissional faz isso e não só isso, também acolhe durante uma crise, dá um suporte maior para a criança dentro da escola para uma evolução”. O que diz a Secretaria de Educação do Estado A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo nega que haja deficit de professores de educação especial. Sobre os alunos citados na reportagem, disse que eles passaram por avaliação inicial, garantindo apoios e recursos adequados para cada um e que são atendidos com currículo adaptado, professores especializados e sala de recurso equipada. Garantiu ainda que eles recebem suporte individual, inclusive para atividades diárias, mas segundo Suelen, o atendimento é feito durante uma hora e meia e apenas uma vez por semana. Veja os vídeos da EPTV Central: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara


Secretaria Estadual de Educação de São Paulo nega que faltem profissionais especializados. Número de alunos autistas cresce 256% na rede estadual, mas não há professores preparados Nos últimos cinco anos, o número de estudantes autistas na rede estadual de ensino aumentou 256% e, neste ano, chegou a 19.417 alunos. Seria uma ótima notícia se essa inclusão ocorresse com todo respaldo necessário aos alunos e não representasse também o aumento da reclamação de pais. Faltam profissionais qualificados para atender esse público e pais estão precisando entrar na Justiça para conseguir que seus filhos tenham suporte na escola. A Secretaria Estadual de Educação nega que faltem professores de educação especial (leia mais abaixo). ???? Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Pais procuram a Justiça para conseguir professores de apoio para estudantes autistas. Prefeitura Municipal de São Carlos/Divulgação Até mesmo com determinação da Justiça, crianças estão ficando desassistidas. Uma mãe que não quer ser identificada, desistiu de solicitar um profissional na escola estadual onde a filha estudava e a matriculou em uma escola particular em outra cidade. Ela conta que durante o período em que a filha teve professor de apoio conquistado na Justiça – entre o terceiro e quinto ano do Ensino Fundamental – houve uma boa evolução no aprendizado da menina. “Foi uma época de bastante progresso na escola estadual.” Os problemas começaram no Fundamental II, com uma professora sem qualificação. “Não tinha a sala de recursos, a professora era despreparada, parecia uma professora de educação infantil. O Fundamental II é um gargalo que exclui”, disse. De acordo com a Apeoesp, os educadores não recebem suporte e treinamento adequados para lidar com os alunos autistas e faltam políticas de capacitação específicas sobre o tema. Crianças com autismo têm direito a professor especial nas escolas públicas. Divulgação/Unicef A mãe tentou outras escolas, tanto públicas quanto particulares na cidade onde mora, mas não conseguiu o atendimento que precisava e, por isso, procurou uma opção em outra cidade. “Tudo isso é um investimento porque a gente sabe que educação é um investimento e a gente quer o melhor para ela. Que a gente sabe que ela é capaz e que é possível fazer coisas muito boas”, afirmou a mãe. Sem solução fora da Justiça Suelen Pomponio busca na Justiça o direito te ter um professor especializado para seus filhos autistas Nilson Porcel/EPTV Central Assim como a mãe que teve que optar por uma escola particular, outras gastam boa parte do seu tempo buscando os direitos de seus filhos autistas. Uma dessas pessoas é a dona de casa Suelen Pomponio, mãe de três crianças dentro do espectro autista. Ela diz que o professor de apoio é extrema importância. “Esse professor auxiliar faz a adaptação da matéria, por exemplo, o Otávio é muito visual e não escreve, então tudo tem que ser adaptado para um formato mais visual e esse profissional faz isso e não só isso, também acolhe durante uma crise, dá um suporte maior para a criança dentro da escola para uma evolução”. O que diz a Secretaria de Educação do Estado A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo nega que haja deficit de professores de educação especial. Sobre os alunos citados na reportagem, disse que eles passaram por avaliação inicial, garantindo apoios e recursos adequados para cada um e que são atendidos com currículo adaptado, professores especializados e sala de recurso equipada. Garantiu ainda que eles recebem suporte individual, inclusive para atividades diárias, mas segundo Suelen, o atendimento é feito durante uma hora e meia e apenas uma vez por semana. Veja os vídeos da EPTV Central: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara