Minas Gerais combate doença com drones e inovação tecnológica
Minas Gerais lidera o combate à dengue com drones. Tecnologia identifica criadouros do Aedes aegypti, reduzindo casos e inovando na saúde pública.

Governo de Minas utiliza drones no combate à dengue
O Governo de Minas Gerais adota uma abordagem inovadora para enfrentar a dengue, zika e chikungunya: o uso de drones para identificar e tratar criadouros do Aedes aegypti em áreas de difícil acesso. A iniciativa faz parte da política Vigidrones, desenvolvida pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), que está sendo implementada gradualmente nas 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do estado.
Os drones permitem mapear locais como caixas d’água, piscinas descobertas e áreas remotas, possibilitando a aplicação precisa de larvicidas. A estratégia complementa o trabalho dos Agentes Comunitários de Endemias (ACE), aumentando a eficácia no combate aos focos do mosquito.
De acordo com Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, os resultados preliminares mostram avanços significativos. “Eliminamos focos de água parada e reduzimos a presença do vetor nos municípios que iniciaram o mapeamento”, afirmou. O vice-governador Professor Mateus destacou o pioneirismo da medida: “Minas Gerais é o primeiro estado do Brasil a adotar essa tecnologia, reafirmando nosso compromisso com a saúde pública”.
Resultados expressivos e investimentos
O Governo de Minas investiu R$ 30 milhões na contratação e execução do geomonitoramento por drones. Em 2024, 394 cidades foram atendidas, abrangendo 45 mil hectares mapeados e mais de 100 mil potenciais criadouros identificados. Em municípios com menos de 30 mil habitantes, o serviço é gerenciado por Consórcios Intermunicipais de Saúde.
Um exemplo de sucesso é Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o mapeamento de 206 hectares resultou na identificação de 562 criadouros e na redução de 96% dos casos de dengue em um ano.
Eduarda Portela, coordenadora do Departamento Saúde Única do Icismep, enfatizou a importância do monitoramento contínuo. “Acompanhamos todas as etapas, garantindo planos de trabalho eficazes e avaliação integrada dos resultados”, explicou.
Capacitação e tecnologia avançada
Os dados coletados pelos drones são armazenados em um sistema georreferenciado, permitindo a criação de mapas de calor para identificar áreas críticas. A SES-MG promove capacitações para uso eficiente da tecnologia e lançará um painel de monitoramento para acompanhar os resultados.
A política Vigidrones reflete o compromisso do Governo de Minas em adotar soluções modernas e eficazes para proteger a saúde da população. Com a integração entre tecnologia e ação comunitária, o estado estabelece um modelo de enfrentamento às arboviroses que serve de referência para todo o país.
AMP/press - Agência MINAS / Sindijori