Minas Gerais remove 24 milhões de toneladas de gases de efeito estufa

Essa plataforma permite ao governo monitorar o cumprimento de metas

Minas Gerais remove 24 milhões de toneladas de gases de efeito estufa
Robson Santos / Semad




Minas remove 24 milhões de toneladas de gases de efeito estufa em 2023 e lidera ações contra mudanças climáticas

Estado adota a ferramenta MRV Climático como base estratégica para planejar, monitorar e avaliar políticas públicas de sustentabilidade









Minas Gerais reafirma seu protagonismo no enfrentamento às mudanças climáticas, consolidando iniciativas que aliam desenvolvimento sustentável e transição para uma economia de baixo carbono. Em 2023, os esforços do estado resultaram na remoção de 24 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, um marco significativo no combate à crise climática global.

Para sustentar e ampliar esses resultados, o estado tem apostado na construção de uma agenda climática robusta, com metas ousadas de neutralidade de emissões até 2050, alinhadas à campanha global Race to Zero. Entre as ações destacam-se o financiamento de projetos sustentáveis, a elaboração do Plano Estadual de Ação Climática (Plac) e a implementação da ferramenta MRV Climático.

O MRV Climático: Governança e Monitoramento Estratégico

Lançada durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão, a ferramenta MRV Climático (sigla para Medir, Reportar e Verificar) foi desenvolvida para consolidar uma estrutura de governança climática eficiente. Essa plataforma permite ao governo monitorar o cumprimento de metas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de avaliar o impacto das ações em curso.

De acordo com o vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, o MRV Climático é um divisor de águas para a gestão ambiental do estado. “Quando conseguimos calcular as emissões por setor e estabelecer metas claras, desenhamos estratégias mais precisas. A partir do monitoramento, ajustamos ações para garantir que as metas de descarbonização sejam efetivamente cumpridas”, explica.

O desenvolvimento da ferramenta contou com o apoio do projeto “Melhorando o desempenho climático do estado de Minas Gerais como força motriz para mobilizar investimentos verdes”. Financiado pelo programa UK Pact, do governo do Reino Unido, o MRV foi elaborado em parceria com o Centro Brasil no Clima e a WayCarbon, sob coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).

Estrutura e Aplicações da Ferramenta

A primeira versão do MRV Climático foi estruturada com base em metas quantificáveis de longo prazo. O Plac, que orienta o trabalho, é composto por 28 ações setoriais, 103 subações e 199 metas, abrangendo mitigação, adaptação, inovação e justiça climática.

Entre as metas monitoradas pelo MRV está a substituição progressiva de combustíveis fósseis por biocombustíveis. Dados recentes indicam avanços expressivos: o volume de etanol comercializado em Minas Gerais passou de 382.220 metros cúbicos no segundo trimestre de 2023 para 613.047 metros cúbicos no mesmo período de 2024.

Outra meta em acompanhamento é a ampliação da frota de veículos movidos por propulsão alternativa. Em 2023, o estado registrava 5.848 veículos desse tipo; já no primeiro semestre de 2024, o número subiu para 14.884. A meta para 2050 é alcançar 900 mil veículos sustentáveis na frota estadual.

Transparência e Resultados na COP30

Em 2025, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), Minas Gerais apresentará os avanços alcançados no cumprimento das 199 metas do Plac.

“O MRV Climático traz um nível inédito de transparência, permitindo à sociedade acompanhar o progresso das metas, medir os impactos das ações em termos de redução de emissões e avaliar o aumento na captura de gases de efeito estufa”, destaca a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

Com iniciativas inovadoras e comprometimento com o futuro, Minas Gerais se consolida como referência no combate às mudanças climáticas, alinhando desenvolvimento econômico e preservação ambiental de forma estratégica e sustentável.

  AMP/press - Agência MINAS / Sindijori