Polícia Civil de MINAS GERAIS apura acidente com ônibus

Polícia Civil de MG identifica 39 vítimas de grave acidente na BR-116, em Teófilo Otoni. Trabalho pericial e acolhimento às famílias são destaques.

Polícia Civil de MINAS GERAIS apura acidente com ônibus




Polícia Civil de Minas Gerais conclui identificação de vítimas de acidente na BR-116, em Teófilo Otoni









A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou, na última quinta-feira (9/1), as análises periciais nos corpos das vítimas do grave acidente ocorrido em 21 de dezembro do ano passado, na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. O acidente envolveu um ônibus, uma carreta e um carro, resultando na identificação de 39 corpos, todos passageiros do ônibus que fazia o trajeto São Paulo-Bahia.

Até o momento, 37 corpos foram liberados às famílias, enquanto os parentes das duas últimas vítimas identificadas estão sendo contatados para os trâmites finais. As vítimas tinham idades entre 1 ano e 2 meses e 64 anos, sendo naturais da Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Paraíba.

O trabalho pericial contou com o apoio das polícias civis e científicas da Bahia, Paraná e São Paulo, que colaboraram na coleta de material genético e no envio de radiografias. “Foi um processo conduzido com muita atenção e rigor científico para garantir todos os esclarecimentos necessários à investigação criminal”, afirmou o porta-voz da PCMG, Saulo Castro.

Perícia no IML e no local do acidente
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) em Belo Horizonte, onde passaram por radiografias, tomografias, exames necroscópicos e análises antropológicas. Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica da PCMG, Thales Bittencourt, foram realizados 46 exames em corpos e segmentos corporais devido à complexidade do caso.

Das identificações, 13 foram feitas por papiloscopia (impressões digitais), quatro por odontologia legal e 22 por DNA, procedimento essencial em casos de carbonização. Materiais biológicos dos motoristas do ônibus e da carreta foram colhidos para análises toxicológicas, cujos resultados estão sob sigilo.

No local do acidente, especialistas utilizaram o Laser Scanner 3D, tecnologia que recria virtualmente a cena e auxilia na investigação da dinâmica do ocorrido. As análises dos vestígios continuam em andamento.

Acolhimento às famílias
A PCMG também destacou o atendimento humanizado às famílias das vítimas, que foram recebidas em Belo Horizonte por equipes de assistentes sociais e psicólogos. “A expertise da Polícia Civil em casos complexos, como os de Brumadinho e João Monlevade, tem sido fundamental para garantir acolhimento e respostas às famílias”, concluiu Bittencourt.

AMP/press - Agência MINAS / Sindijori