Reino Unido quer investigar acordos de big techs com startups de IA

Órgão de regulação antitruste quer ter certeza que parcerias de empresas, como Microsoft e Amazon, não complicam concorrência no país O post Reino Unido quer investigar acordos de big techs com startups de IA apareceu primeiro em Olhar Digital.

Reino Unido quer investigar acordos de big techs com startups de IA




Um órgão regulador do Reino Unido, conhecido como Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês), abriu convite para comentários sobre parcerias que Microsoft e Amazon fizeram com startups especializadas em Inteligência Artificial (IA).









A entidade reguladora quer entender melhor se essas parcerias infringiram normas antitruste, resultaram em fusões ou geram prejuízos concorrenciais.

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O convite feito pela CMA deve fazer o mercado a apresentar análises destes acordos e se eles têm potencial para prejudicar a competição no território britânico. A etapa seguinte a esta, por parte do órgão, é a abertura de investigação formal.

amazon
Imagem: JRdes/Shutterstock

Parcerias de Microsoft e Amazon na mira

  • Entre os acordos que estão sendo fiscalizados pela CMA, está a parceria da Amazon com a Anthopic;
  • A startup especializada em criar IAs surgiu de funcionários que estavam na OpenAI, criadora do ChatGPT, e recebeu da Amazon investimento de US$ 4 bilhões (R$ 20,46 bilhões);
  • Outra parceria que os reguladores britânicos desejam receber análises de mercado é a que envolve a Microsoft e a Mistral AI;
  • Trata-se de acordo que faz a empresa de (IA) da França incorporar seus modelos de IA nas plataformas da Azure, serviço de nuvem da Microsoft. Um acordo parecido a este já existe entre a dona do sistema Windows e a OpenAI.

A parceria entre a Microsoft e a startup Inflection AI também está na mira da CMA, sobretudo por um fato que levantou suspeitas: a big tech, após investir na empresa que desenvolve IAs, contratou vários de seus funcionários.

O órgão antitruste do Reino Unido alegou, em comunicado, que o convite tem o intuito de analisar se todos esses acordos estão dentro das regras de fusão do Reino Unido e quais impactos essas parcerias têm na concorrência das empresas de tecnologia britânicas. A data-limite para o mercado enviar a análise aos reguladores é 9 de maio.

OpenAI reino unido
Imagem: AS project/Shutterstock

Parceria entre Microsoft e OpenAI já foi alvo da CMA

A exemplo do que vem fazendo agora, a CMA também solicitou, no final do ano passado, análises sobre o acordo que a Microsoft e a OpenAI possuem, temendo que a startup recebeu investimentos que, na prática, se tornaram aquisição de controle.

O órgão recebeu comentários de terceiros sobre a parceria e ainda os analisa, mas aguarda informações das parceiras sobre o acordo. No momento, contudo, não há investigação formal do caso.

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